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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Neil foi à USP (parte III) - O albergue

Devido aos inúmeros pedidos de meus queridos leitores para detalhar mais a questão do albergue, escrevo esse post.
Chegamos lá no domingo, de táxi, e depois de pagarmos 30 reais por darmos umas voltinhas na cidade, descemos na maior chuva. Tocamos o interfone, batemos na porta (mais detalhada adiante), tocamos o interfone mais algumas vezes - segurando - e finalmente uma voz bem fraca pareceu sair do aparato. Antes disso, chegamos a cogitar a possibilidade de golpe, seguido de uma vontade de dar uma porrada em quem cogitou tamanha merda.
Uma mulher abriu a porta e disse que a entrada era pelo portão lateral (de garagem), e não pela porta. Entramos, vimos que a recepção era mais pra dentro do que a porta e que na verdade tinha um quarto no lugar onde deveria ser a recepção. Vai entender... Na recepção tinha televisão, um telefone público de mesa (nunca vi um desses em Alagoas) e uma mesinha onde tem um cabo de rede pra entrar na Internet. A moça nos entregou uns papéis pra lermos, assinarmos e preenchermos - nunca vi um formulário tão detalhado na minha vida - e então fomos liberados para o quarto.
Chegamos no quarto e beleza, era um quarto pra quatro pessoas (e éramos quatro), com espaço que cabia mais uma cama (pois a Laura chegaria na terça), aparentemente limpo, com toalhas e edredons abafa-peido, tudo certinho. Depois detalho melhor os acontecimentos dentro daquele quarto.
Aquele albergue tinha umas figuras exóticas. De astecas até caiporas, passando por uma japonesa loira e por australianos pedreiros ricos.
- Com certeza as pessoas mais bizarras do local eram os astecas. Imagine uns índios cabeludos, baixinhos, idênticos e que não paravam de se reproduzir. No início vi só dois, depois de 3 dias vi mais um e depois descobri que na verdade eram 5. Eles possuem hábitos estranhos como comer embaixo da mesa e de comer a comida dos outros deixada na geladeira.
- A japonesa loira passava um bom tempo no telefone falando, bem, japonês, falava em português conosco e ficava com cara de bunda quando respondíamos na mesma língua.
- Os caiporas passavam horas e horas jogando poker, fumando (acredito que 95% daquele albergue fuma) e enchendo nosso quarto de fumaça.
- Os australianos pedreiros estavam de férias no Brasil, viajando o país todo, falavam uma língua estranha que não parecia inglês (isso rápido pra cacete, dava até crise de riso ao ouví-los), e a cada 3 palavras falavam ao menos dois "fucking".
- Também tinha um americano que falava português muito bem, se recusava a falar inglês e vivia procurando um lugarr pra beberr cerrveja, com muita mulherr. Achou que uma mulher que não era lá essas coisas fosse a modelo "Gisela", dizendo que era superr goustosa. A Laura pareceu achar que estivesse falando dela.
- As outras pessoas eram no estilo nerd, motoboy, emo estranho ou punk radical, e moravam lá aparentemente desde a primeira infância.

Bem, o quarto... O quarto foi um local de roncos e quedas. Roncos porque acho que todo mundo lá roncou, e se ninguém viu é porque estava em sono profundo. Alguns roncos foram filmados e/ou tinha testemunhas. Outros não deixaram ninguém dormir e acordaram com pentes, lençóis, toalhas e qualquer outra coisa que desse pra jogar em cima, mas sem sucesso.
Teve duas quedas estilosas, ou ao menos quase quedas. Espero que a Laura tenha aprendido a descer de uma beliche, porque lá ela não sabia. Foi descer rolando (é, rolando!), enganchou a perna na escada e ficou numa posição estranha, com a ainda mais estranha ameaça de urinar o quarto todo (que se repetiu em diversas ocasiões). A outra eu não presenciei, mas ainda não consigo imaginar: o Rodrigo, que dormia em cima, caiu, quicou no chão e caiu nas costas da Laura. Quem criar uma animação para isso ganha 10 cents ou um saquinho de alfafa.

Acho que sobre o albergue é só isso.

[]'etas
o/

2 comentários:

Alanna disse...

bom saber

Anônimo disse...

na verdade eu quikei e saltei de bunda nas costas da laura que tava deitada na cama ao lado =)